sábado, 18 de dezembro de 2010

Censo mostra que metade das cidades da região oeste de Goiás perderam habitantes


Entre agosto e novembro deste ano foi realizado em todo país o Censo Demográfico. O trabalho do IBGE mostrou que só a metade das cidades da região do Oeste Goiano tiveram crescimento populacional. Itapirapuã foi a cidade que mais perdeu habitantes nos últimos dez anos. De uma população de 10.856 habitantes em 2.000, foi reduzida na contagem deste ano para 7.663 moradores. As que perderam população, nos dez últimos anos, foram: Adelândia, Amorinópolis, Arenópolis, Aurilândia, Buriti de Goiás, Cachoeira de Goiás, Córrego do Ouro, Diorama, Doverlândia, Fazenda Nova, Iporá, Israelãndia, Ivolândia, Jandaia, Jaupaci, Jussara, Matrinchã, Moiporá, Montes Claros de Goiás, Novo Brasil, Piranhas e Turvânia.
Número de habitantes de cidades da região:
01º : Iporá - 31.274
02º : São Luís de Montes Belos - 30.050 
03º : Palmeiras de Goiás - 23.333
04º : Anicuns - 20.272
05º : Jussara - 19.086
06º : Aragarças - 18.310 
07º : Caiapônia - 16.734
08º : Firminópolis - 11.603
09º : Piranhas - 11.268
10º : Paraúna - 10.860
11º : Bom Jardim de Goiás - 8.423
12º : Doverlândia - 7.892
13º : Montes Claros de Goiás - 8.000
14º : Nazário - 7.874
15º : Itapirapuã - 7.663
16º : Sanclerlândia - 7.563
17º : Aruanã - 7.506
18º : Fazenda Nova - 6.318
19º : Jandaia - 6.164
20º : Santa Bárbara de Goiás - 5.751
21º : Britânia - 5.509
22º : Turvânia - 4.839
23º : Santa Fé de Goiás - 4.768
24º : Matrinchã - 4.414
25º : Baliza - 3.714
26º : Amorinópolis - 3.607
27º : Aurilândia - 3.650
28º : Palminópolis - 3.561
29º : Novo Brasil - 3.516
30º : Arenópolis - 3.278
31º : Palestina de Goiás - 3.382
32º : Jaupaci - 3.000
33º : Israelândia - 2.888
34º : Ivolândia - 2.663
35º : Córrego do Ouro - 2.629
36º : Buriti de Goiás - 2.561
37º : Diorama - 2.479
38º : Adelândia - 2.428
39º : Moiporá - 1.763
40º : São João da Paraúna - 1.688
41º : Cachoeira de Goiás - 1.417
 Busca de emprego e de melhores condições de vida e a diminuição 
do número médio de moradores por domicílio  são razões que justificam o decréscimo populacional
 Inicialmente, houve aflição em governantes de alguns municípios da região quanto à divulgação dos números do Censo 2010. Os prefeitos temeram pela diminuição de população e que esta fosse ao ponto de significar redução de receitas públicas, mais precisamente, quanto à transferência do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Para a tristeza de muitos prefeitos confirmou-se diminuição no número de habitantes, mas não ao ponto de significar redução nos repasses de verbas da União. Foi um alívio. 
 Várias cidades pequenas verificaram população menor do que as do Censo de 2.000. Mas como estas já estão no nível mínimo de faixa do FPM, não tiveram o que temer. Continuam auferindo os mesmos 0,6% do bolo distribuído entre municípios. Iporá e Jussara tiveram também redução de população, mas sem rebaixar à faixa inferior de FPM. Continuam com a mesma receita. 
Porém, mesmo com as mesmas receitas, não foi alvissareiro ver a metade de nossas cidades com a perca de população. Isso denota o desinteresse das pessoas em residir na região. E se assim é, tem a ver com poucas oportunidades de trabalho, o que fizeram muitos mudarem de cidade, indo à outras regiões. Os destinos mais procurados foram Rio Verde, Goiânia e o Estado de Mato Grosso. Muitos foram para lugares mais distantes e até para o exterior. Se por um lado a região ganhaou com a melhoria de seus serviços públicos e qualidade de vida, estagnou em geração de oportunidades de trabalho. 
Ovídio Joaquim dos Santos, Chefe do Escritório Regional do IBGE, gosta de apontar como causa para a estagnação em números populacionais, o fato de que famílias estão com número menor de membros. As famílias de 8, 7, 6 e 5 membros, hoje são raras. É mais comum vermos o casal ter dois filhos ou, no máximo 3. Não raro foram encontrados pelo Censo domicílio com apenas um morador ou dois, ou seja, só o casal, uma vez que os filhos, que já eram poucos, sairam, ou em razão de casamento, estudo ou para assumir trabalho fora do município. 
Há que se ressaltar também a redução da taxa de natalidade. Por outro lado, houve o aumento da população com idade superior a 70 anos. Com todas estas características, verifica-se que as cidades até cresceram geograficamente, com mais casas e bairros, mas com famílias cada vez menores. São razões visíveis para entendermos porque o Censo mostra a diminuição no número de habitantes. Perderam população as cidades de Adelândia, Amorinópolis, Arenópolis, Aurilândia, Buriti de Goiás, Cachoeira de Goiás, Córrego do Ouro, Diorama, Doverlândia, Fazenda Nova, Iporá, Israelândia,  Itapirapuã, Ivolândia, Jandaia, Jaupaci, Jussara, Matrinchã, Moiporá, Montes Claros de Goiás, Novo Brasil, Piranhas e Turvânia. Itapirapuã foi a que mais população perdeu. 
Quem mais ganhou população na região do Oeste Goiano foi a cidade de Palmeiras de Goiás. Esta, em um período de 10 anos, ganhou mais de 5 mil habitantes. Isto tem a ver com os investimentos industriais feitos naquela cidade, a qual foi privilegiada pela gestão de Marconi Perillo como Governador de Goiás. Outras que ganharam população foram Baliza (em razão de assentamentos rurais) e Aragarças (beneficiada pela área metropolitana de Barra do Garças). Fonte: www.oestegoiano.com.br
 


Um comentário:

  1. Espero que um dia Itapirapuã tenha em prefeito que incentive empresas a se estabelecer na cidade para gerar empregos para os nossos irmãos para que fica ao lado de seus familiares e amigos, e não tenha que vir procurar melhores condições de vida nesta selva de pedra, que é os grandes centros urbanos.

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