quarta-feira, 25 de maio de 2011

População de Itapirapuã desamparada para tratamentos considerados de alto custo na área da saúde!

A população de Itapirapuã tem encontrado dificuldades quando o assunto é a necessidade de realizar alguma cirurgia considerada pelo SUS como sendo de alto custo. Os encaminhamentos feitos pelo município, quando são realizados, não encontram atendimento em Goiânia por razões diversas e entre elas a falta de saldo, na quota do município, suficiente para cobrir os custos. Esses encaminhamentos ficam na Central de Regulação do SUS em Goiânia, por meses à espera de uma solução. São casos gravíssimos, onde os próprios médicos que prestam serviços no município, vendo a gravidade e urgência que os casos requerem, e ante a impossibilidade de realizarem os procedimentos cirúrgicos na própria cidade, fazem o encaminhamento para o grande centro, a capital goiana. São inúmeros os casos de pessoas, tanto na sede do município, quanto no Distrito de Jacilândia, que padecem à espera de uma ação eficiente do poder público municipal na área do atendimento à saúde, atendimento este obrigatório, conforme previsto na Carta Constitucional. A população que necessita de tratamento médico, à míngua, sofre e, às vezes morre. São pessoas que necessitam urgente de cirurgias renais, cardíacas, ortopedicas e também para retirada de cálculos na vesícula. São jovens, mulheres, pais e mães, que às vezes se desesperam com medo da morte, ou de sofrimento mesmo, com cólicas e dores terríveis. O serviço de saúde no município, às vezes é tão precário que, um simples transporte de paciente a Goiânia, para realização exames, revisões ou consultas em alguma especialidade, não é realizado.



Os exames de ultrassonografia, tão criticado por serem cobrados anteriormente, e prometidos para serem oferecidos gratuitos, continuam sendo cobrados.
Temos notícias de mulher de Itapirapuã socorrida por filha que mora em São Paulo, capital, que veio buscar a mãe para fazer a cirurgia em solo paulistano. São inúmeros casos de pessoas que aguardam cirurgia relegadas ao abandono por parte do serviço de saúde municipal. Uma vergonha de calar até os mais otimistas! A questão é séria e é preciso que tomem consciência disso! 


Por que trazer um assunto desse aqui para “O ITAPIRAPUENSE”? Ora, é de causar indignidade quando sabemos que em 2008 Itapirapuã contava com um excelente serviço de saúde, inclusive com o hospital municipal em pleno funcionamento, e que a partir de 2009 até hoje, a situação virou calamidade. Mais indignidade ainda se dá pelo fato de estarmos falando do bem mais valioso que o ser humano pode ter que é a saúde, ou seja, a própria vida. E também porque o reflexo dessa inconseqüente ação leva as pessoas ao maior sofrimento, a dor da doença, a não expectativa da cura.
Abordamos o tema também porque somos conhecedores de que há solução, e que é de vital importância! Estão se omitindo, se furtam a cumprir com as devidas obrigações!
É preciso destacar que tem um pessoal festeiro, que faz o maior carnaval da história do município, que solta foguetes aos montes até para saudar passeio de carros vindo de contrabando no Paraguai. É foguete prá tudo, para distribuição, em fila, (prática atrasada e humilhante) de feijão da Conab, jogos de futebol no campo de terra, etc. Anunciam o maior rally de bóias de todos, com duas motos de prêmio e despesas de cerca de 100 mil reais (em 2010, só de estrutura foram 70 mil). É o pessoal mais festeiro da história de Itapirapuã. Os mais festeiros de todos os tempos. Mas, não conseguem ver e entender, ou é incapaz, a gravidade da situação pela qual passa a população itapirapuense, com a falta do devido atendimento na área da saúde.


É preciso reconhecer o esforço e capacidade da equipe que faz atendimento, tanto no hospital como nos PSFs, os funcionários, corpo médico e de enfermagem, bem como odontólogos e bioquímicos.


A oposição tem de bradar mesmo, claro, são vários os problemas em Itapirapuã. É obrigação e, acima de tudo, direito democrático, que fale quando não satisfeito. A crítica é salutar. A cidade não está pronta nem os problemas resolvidos. Calar seria partilhar da cumplicidade daqueles que se acomodam sob salários mixurucas e benesses da administração e se acovardam ante o sofrimento dos necessitados, tapando as vistas para o seu próximo e para o que se passa à sua volta.


Itapirapuã tem duas rádios, quero sugerir aos apresentadores, que dêem espaço à população, irão se assustar ante a sombria realidade pela qual o desespero e agonia rondam lares itapirapuenses. 

A nossa oposição é de alto nível. Altíssimo nível e primada pelos princípios da moralidade e responsabilidade. Estamos abertos ao debate das idéias e aceitamos contestações. Gostaríamos de sermos contraditos no que escrevemos e que mostrem estarem resolvidos os casos de tratamento médico que mencionamos, e outros que não chegam ao nosso conhecimento. Aí sim, o desejo para os merecidos elogios não nos faltará e eles serão proferidos.


A questão não é de fácil solução. É preciso muita dedicação e capacidade de interação, desprendimento de alguns recursos financeiros, gestão e articulação junto ao SUS. Mas, acima de tudo, que se resolva a situação porque ela é grave, e é uma questão humanitária até, antes de se retratar de um sagrado dever do gestor público. A população agradecerá e então quem sabe, solte foguetes também, em comemoração por este serviço tão imprescindível.

sábado, 7 de maio de 2011

O quê está sendo feito pela educação universitária em Itapirapuã?

Tem sido observado em Itapirapuã um verdadeiro abandono aos jovens que pretendem ingressar no ensino universitário. O primeiro grande obstáculo é a inexistência de uma faculdade e muito menos planos ou projetos que vislumbre um dia a implantação de uma unidade universitária na cidade. O outro obstáculo, mais grave é a necessidade de ter de buscar o acesso universitário em cidades vizinhas, na capital e outros centros urbanos onde se localizam as faculdades. E por aí vai, uma barreira vinda após a outra e que dificulta a vida daqueles que pretendem e necessitam dar continuidade aos estudos, tanto para capacitação como para formação profissional.

A nível federal existe incentivos que alcançam jovens universitários da cidade, como o Pro - uni e até mesmo o Fies que dá oportunidade de pagamento para os cursos pretendidos, caríssimos por sinal. Já o governo estadual, oferece o Programa Bolsa Universitária, que arca com parte do valor das mensalidades, e oferece excelentes curso, gratuitamente, na Universidade Estadual de Goiás, a UEG, próximo à Itapirapuã, tanto em Jussara como Cidade de Goiás.

Mas, e a esfera governamental, que está mais próxima da realidade, do dia-a-dia, da juventude universitária itapirapuense, a Prefeitura Municipal? O que tem feito?

A prefeitura também ajuda, oferece transporte a alunos que fazem cursos em Jussara, na UEG ou FAG, e na Cidade de Goiás. Cerca de quase 100 universitários, da sede do município e outros 20 do Distrito de Jacilândia, recebem ajuda no transporte universitário, com desembolso de R$ 50,00 a 100,00 mensais prá cada um. Esse transporte varia de 28 km de Itapirapuã a Jussara, 30 km de Jacilândia a Jussara e 59 km de Itapirapuã à Cidade de Goiás. É preciso mencionar que tanto alunos de Jacilândia, quanto de Itapirapuã, reclamam constantemente da qualidade do transporte e do valor pago que onera mais ainda os custos com os estudos. Vários alunos deixam de estudar desistindo dos cursos, mesmo já matriculados, outros nem chegam a se matricularem, por conta da dificuldade de arcar com os custo do transporte que se somam ao valor total das despesas.

Mas foi prometido transporte gratuito a todos os universitários. Porque esse transporte não é oferecido gratuitamente, se investir em educação faz parte do desenvolvimento do cidadão e da cidade? O município precisa investir mais forte nos seus jovens, que é a garantia de profissionais qualificados para servir a própria população num futuro próximo e contribuir com o seu desenvolvimento.
É vergonhoso esse minguado apoio que o universitário de Itapirapuã recebe da Prefeitura Municipal. Ainda mais quando junto a essa vergonha, face ao tamanho dessa ajuda, vem muitas vezes, a notícia de desvios desse valor pago, suado e que sai do bolso dos alunos, indo direto para o bolso de alguns coordenadores, conforme denúncia de vereadores, ocorrida há pouco tempo e que teve até o envolvimento do Ministério Público para ajudar a salvaguardar a lisura na aplicação dos recursos.

É revoltante receber informações sobre a situação dos universitários do Distrito de Jacilândia, que além do pagamento, se sujeitam à precária qualidade do transporte, num veiculo lotado e com péssimas condições de segurança.

Tome uma atitude coerente, senhores gestores municipais, tratem os universitários de Itapirapuã como filhos de Itapirapuã, itapirapuenses que merecem toda a dedicação, atenção e carinho e que serão o futuro melhor que esperamos para essa nossa querida e abençoada terra onde vivemos.

Hoje, infelizmente, quem está arcando com os custos do transporte são os próprios alunos. Por isso, é hora de exigir transporte universitário, gratuito e de qualidade, como prometido para os nossos jovens!