quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Notícia sobre Itapirapuã no Portal do MP





08/10/2009 - Novas parcerias são seladas para enfrentamento de demanda social em Itapirapuã
Itapirapuã – O núcleo de articuladores sociais de Itapirapuã foi ampliado nesta quarta-feira (7/10) e conta agora com a participação de professores e estudantes locais, membros de movimentos das Igrejas Católica e Evangélica e de conselhos, além de entidades ligadas às questões sociais e outros interessados. O objetivo é unir forças para oferecer à juventude de Itapirapuã cultura e lazer saudável, como forma de prevenir e afastar os adolescentes do uso de álcool e outras drogas.

O encontro (foto) foi realizado no Fórum da cidade e integrou mais uma etapa do projeto piloto regionalizado do Programa Parceria Cidadã, que tem como proposta a resolução de demandas pela própria sociedade em parceria com o Ministério Público (MP). Num primeiro momento, a psicóloga Maria José Soares, da equipe do MP, explicou aos presentes o papel do Ministério Público, como se deu a escolha do problema a ser trabalhado naquela comunidade – a partir da preocupação dos moradores com o crescente consumo de álcool pelos jovens – e por que a instituição e os articuladores sociais fizeram o convite aos presentes.

Cerca de 30 pessoas, então, deram sua opinião sobre a questão, apontaram sugestões e fizeram suas considerações sobre os espaços destinados à cultura, esporte e lazer no município. Para muitos, o problema está no núcleo familiar, daí a necessidade de programas para sua conscientização. Outros acreditam na realização de palestras sobre o tema e no uso das rádios locais para reverter o quadro atual da cidade.

Arte e esporte

Mas é no esporte e nas oficinas de arte, artesanato, música e dança que reside a esperança da grande maioria presente em relação ao envolvimento de crianças e adolescentes de Itapirapuã. “Além de futebol e basquete, temos outros dons por aqui. Podemos investir em música e quem sabe formar uma orquestra; ou em dança e ter um corpo de baile. Grupos que podem vir a ter nome nos teatros do Estado e do Brasil?”, aposta a pastor e presidente do Conselho Tutelar, Ilmar Ribeiro (foto).

O abandono dos espaços destinados ao esporte e de iniciativas de sucesso também deram a tônica da conversa. “Há 17 anos promovemos o Rali de Boias, que chegou a ser manchete em jornais. Essa atividade envolvia os jovens e deixou a cidade conhecida, mas, quando a organização saiu da comunidade para o poder público, ele se desvirtuou. A festa ficou mais importante que o esporte”, desabafa o coordenador do programa Jovem Cidadão, Nilson Nascimento (foto).

“Aqui, nós tínhamos um time de futebol feminino. Todo mundo gostava, mas, quando a gente chegava no ginásio (público), não deixavam entrar. Depois, começamos a pagar pelo horário, mas ele era vendido para mais de um grupo, o que deu muita confusão, a ponto de o porteiro falar que a gente nunca mais ia colocar o pé lá”, lamenta a jovem Yara da Silva.

A cobrança pelo uso do espaço público foi confirmado por muitos dos presentes. O ginásio, segundo informam, foi construído pelo Estado e, por anos, cedido ao município. Recentemente, foi retomado, sob o argumento que iria passar por uma reforma. A cidade tem escola aberta aos finais de semana que não é usada e o estádio está fechado.

Outro espaço de esporte e lazer na cidade pertence ao Centro da Pastoral do Menor de Itapirapuã (Cepami). Lá, segundo professores que atuam no local, há uma excelente estrutura e muitas modalidades esportivas e artísticas são oferecidas, mas não há procura. Para eles, o que falta é divulgação. Em contrapartida, adolescentes presentes revelam: “o Cepami é longe, as ruas são escuras e não temos como chegar até lá. A prefeitura bem que poderia levar, mas o ônibus está ’partindo ao meio’ e a Kombi que faz o transporte não fecha a porta; quando chove, a água cai dentro, todo mundo tem medo”.

A parceria

Após o debate, os presentes assumiram o compromisso de reforçar o grupo de articuladores locais e buscar a solução do problema. Foram formados, então, dois grupos de trabalho. Um deles vai fazer o levantamento das famílias que apresentam problema de alcoolismo – para planejamento de futuras ações curativas – e o outro vai mapear a situação real de todos os locais existentes na cidade destinados ao esporte e lazer – para implementação de ações preventivas.

Esses grupos vão se reunir nas próximas quarta e quinta-feiras (14 e 15/10) para distribuição de tarefas. No dia 22 de outubro, todos voltam a se encontrar para apresentação dos resultados e planejamento detalhado do trabalho a ser desenvolvido, com participação dos adolescentes da cidade, membros do Executivo e Legislativo e todas as entidades envolvidas com a promoção de esporte e lazer da cidade. (Texto e fotos: Cristiani Honório/Assessoria de Comunicação Social)

Fonte: Portal do MP (www.mp.go.gov.br)

Um comentário:

  1. É bom saber que Itapirapuã possui esse tipo de pensamento, a cidade so tem a ganhar com isso, essa união entre comunidade e MP,pode vir a resolver muitos problemas existentes no nosso meio.

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